
Não sei como são feitos os milagres ou de que matéria-prima eles são constituídos. Apensas os ouço e me tocam quando os vejo, se experimento seus saborosos aromas e me esqueço dos sentidos, seja quantos forem.
Não pergunto para que servem as magias, alegremente me cansei das explicações. Apenas me assombro com a destreza hábil do mistério que transita aqui e ali, encantador e anônimo.
Não entendo como são possíveis certas maravilhas. Evito saber, perderia a graça, talvez. Apenas aceito que existem, me contento em te-los e os admirar na medida das minhas surpresas. Deixo que me cerquem com seus contornos e, então, me aquieto. É assim que fico perto e me adormeço. Olhando o rio que me esconde as pedras justamente para que as encontre.
Era para ser um conto de Natal, mas veio outra coisa. A praça do por do sol estava linda, sempre está. *** todos os dias.