Sempre me intriga quando o assunto é estrela. O nascimento de uma, seu lume, o nome que tem, a trajetória que a transforma, o brilho que mostra, tudo me atrai e comemoro. É assim, de longe que vejo suas passagens, de ouvir as canções que a inspiram, as histórias que contam sobre suas viagens. Estrelinhas crescem e reconhecem como seus os espaços onde não estive, alegrias gratuitas que trazem e dão. Amiga de planetas, cometas e de todo tipo de asteroide, anda sem gravidade, dança porque é o que se faz com tanto lume. Regada na estrela mãe, avuando ao redor da estrela pai, uma estrelinha cresce desde o berço que a protege de raios solares, de buracos negros e outros pesadelos especiais. A acompanho disfarçado de astronauta, a festejo solar, desejo o brilho fácil e a beleza de encontrar seu lugar no cosmos.
De onde vira o lume
Dessa nave especial
Que insiste em brilhar
Que assume o brilhar
E corre, sempre a brilhar
Estarão brincando
De polícia e ladrão?
Ou só me mostrando
Que brilhar é bom?
Que navio é esse
Quem o habitará?
Nuvem-luz, meu vaga-lume a espera de se estelar, a espera de ser estrela