Estou cansado, irritado, disfuncionado. Ando de lado, sinto pena, reajo, o tempo me aborrece assim que amanheço, me apresento, me desconheço, bocejo na cara da eternidade. Se perguntarem por mim, diz que fui por ai, levando um violão debaixo do braço. Porque tudo parece mais simples num samba antigo? Eu não quero respeito, pra que serve isso, respeito? Olhei oito milhões de vezes essa esquina, nem sei como consegui sentir sem ti.. É disso que falo, essa febre é de falta, o que irrita é a ausência de presença, vem gritando, grunhindo, vindo, sem educação. Quero saber como vai, quero falar e não vejo, é um sonho ruim, feito de prego cravando o silêncio. Paulinho da Viola canta Sinal Fechado, pergunta como estou, se estou bem. Acho que sim, mas não sei.